A lipoenxertia, o enxerto de gordura na região do glúteo, é uma cirurgia plástica muito procurada pelos pacientes. Contudo, muitas pessoas ainda acreditam que esse procedimento é simples e banal, sem considerar os seus riscos. No artigo de hoje, vamos falar um pouco mais sobre a realização da lipoenxertia glútea, que está um pouco além do que somente a aplicação de gordura em si, buscando corrigir também as áreas de depressões, culotes e outras irregularidades de acordo com a necessidade e o formato do glúteo de cada paciente.
Antes de entendermos mais sobre os riscos da realização de uma cirurgia nos glúteos, precisamos entender primeiramente a sua anatomia. A região do bumbum é formada por três camadas, sendo elas: a camada de gordura superficial, profunda e o músculo.
A região do músculo é muito vascularizada, e por ser uma área delicada onde localiza-se muitos vasos sanguíneos, exige um cuidado maior para realização de um procedimento como a lipoenxertia, isso porque, a aplicação de gordura nessa camada pode ocasionar maiores problemas. A embolia gordurosa é apenas um dos exemplos das complicações do implante de gordura no músculo, e acontece quando essa gordura entra na corrente sanguínea e começa a circular por todo o corpo, podendo obstruir alguma região ou até mesmo alcançar outros órgãos.
Como o cirurgião pode ter certeza em que camada está colocando a gordura?
É muito difícil saber, pois cada paciente apresenta uma camada de gordura e pode ser maior ou menor. Muitas vezes o cirurgião entra com a cânula e acredita que está na área da gordura, mas na verdade já está na região do músculo e pode ocasionar uma grave complicação.
Nesse sentido, é muito importante que o cirurgião saiba onde está a cânula para garantir que o enxerto de gordura aconteça no espaço correto. Como a medicina é uma área que está sempre em desenvolvimento, a cirurgia de remodelação glútea conta hoje com a técnica S.I.M.E, que eleva o resultado e a segurança desse procedimento.
A técnica S.I.M.E utiliza a ultrassonografia para injetar essa gordura diretamente no plano profundo de maneira muito mais segura, sempre acima da região da musculatura, prevenindo riscos maiores com uma aplicação em áreas incorretas. Com o auxílio da ultrassonografia, é possível determinar o plano exato no qual a gordura desse enxerto será injetada, sendo o plano de gordura profundo ideal para aplicar o volume, pois é o plano que apresenta uma melhor integração e garante também um melhor formato para região do glúteo.
Associando a técnica S.I.M.E ao planejamento que antecede a realização da cirurgia, é possível retirar a gordura de áreas localizadas e utilizá-la da melhor maneira, visto que, a quantidade de gordura aplicada depende também da quantidade que é retirada de cada paciente, que ao passar pelo processo de decantação e tratamento é utilizada apenas uma parte dessa porção.
Com a utilização de uma técnica correta e um bom planejamento, a lipoenxertia pode apresentar riscos mínimos e um resultado muito mais satisfatório para os pacientes.
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